Mercado Global Imobiliário

Mercado Global Imobiliário

É possível conseguirmos perceber qual o momento certo para comprar uma casa, ao efetuarmos uma análise minuciosa às nossas finanças e a outros fatores que influenciem este investimento, conseguimos perceber o tal momento, e neste sentido, apresentamos, algumas dicas para facilitar a tomada de decisão.

 

Conforme estatística revelada pelo Eurostat, na União Europeia, em 2020, cerca de 70% da população têm casas adquiridas. Com estes mesmo dados é possível perceber que a compra de uma casa é dos objetivos europeus.

 

Contudo, como acontece com a maioria dos objetivos, não basta só querer, é preciso criar estratégias para consolidar este passo, até chegar ao dia em que é o momento certo para a compra de uma casa.

 

No fundo ao efetuarmos uma análise minuciosa às finanças de cada um e a determinados parâmetros que envolvam este investimento, é possível saber o momento certo para comprar casa. De seguida, apresentamos alguns passos, dicas e questões que deverá reter para facilitar a sua decisão.

 

 

1. Orçamento

Para uma grande parte das pessoas, adquirir uma casa é um investimento de valor elevado, criando um impacto direto no orçamento familiar durante muitas décadas. E, por isso,  a compra de uma casa não deve acontecer num momento em que o orçamento está fragilizado.

 

Antes de iniciar, e saber se está no momento certo para dar este passo, comece por analisar o seu orçamento. Caso já tenham um orçamento que o ajude a gerir as suas finanças, é hora de revê-lo. Vejas se todas as despesas e rendimento estão contemplados e atualizados no seu orçamento.

 

Após esta análise, vamos olhar com atenção para o orçamento e perceber se as finanças são saudáveis ou não. Ou seja, com base nos seus rendimentos e despesas, sobra-lhe dinheiro para poupar? O seu orçamento contempla um fundo de emergência para lidar ccom imprevistos? Tem margem Financeira caso as suas despesas aumentem com a contratação de um crédito habitação?

 

Se todas as respostas fora, SIM! Este pode ser um indicador positivo para dar este passo. Caso contrário, poderá ser necessário rever o seu orçamento, fazer cortes e ajustes até estabilizar as suas finanças pessoais. Lembre-se que mais vale adiar a compra de uma casa, do que dar este passo e colocar a sua saúde financeira em risco.

 

 

2. Poupanças para a entrada do seu imóvel

Desde 2018, altura em que as regras bancárias se alteraram, que nenhuma instituição pode financiar mais do que 90% do valor da escritura de aquisição ou da avaliação do imóvel. Isto significa que nenhum banco vai financiar 100% o valor do imóvel que pretende comprar, a menos que este pertença a própria entidade bancária.

 

Sendo assim, um futuro proprietário necessita de no mínimo ter 10% ou 20% do valor do imóvel para dar de entrada. Se estivermos a falar de um imóvel de 100 mil euros, no mínimo precisa de ter entre a 10 mil a 20 mil euros para cobrir a parte que o banco não vai financiar.

 

No entanto não podemos esquecer, que a estes valores ainda se juntam os custos da avalição do imóvel, os impostos e todos os custos processuais. Ou seja mais alguns milhares de euros. E caso não tenha uma poupança que consiga suportar, estes valores, provavelmente este não é o momento certo para comprar casa. Nestas situações o ideal é criar uma estratégia de poupança para a compra da sua casa. Comece por perceber que tipo de despesas não essenciais podem ser cortadas, defina objetivos e perceba como pode aumentar e rentabilizar os seus rendimentos.

 

Ao atrasar este objetivo por uns anos, quando chegar ao momento certo para comprar casa poderá fazê-lo sem recorrer a um crédito para pagar a entrada, e desta forma, conseguimos diminuir consideravelmente o risco de incumprimento e consequentemente o endividamento.

 

 

3. Analisar o mercado e preço da casa que gostaria de comprar

Ao realizar esta ação, que acreditamos ser essencial, ajuda-nos a perceber os preços atuais do tipo de imóvel que pretendemos, e consequentemente, o valor que precisa de empréstimo. Como temos assistido, que atualmente os preços dos imóveis têm vindo a aumentar - em 2021 os preços das casas aumentaram 5,7% -, esta análise pode ser um pouco frustrante e levá-lo a redefinir prioridades.

 

No entanto, devemos perceber quanto vale em média o metro quadrado em certas zonas, o valor médio pela tipologia que pretende, a oscilação de preços entre as casas a necessitar de obras e as renovadas, entre outros, poderá avaliar melhor o tipo de investimento que poderá fazer.

 

Devemos ter sempre em conta este tipo de avaliação deve, para ajustar dentro das suas finanças e os requisitos fundamentais que um imóvel tem que ter para si.

 

Vamos imaginar que para si não faz sentido comprar uma casa com uma tipologia inferior a um T3, mas na zona que pretende comprar, o valor pedido por essa tipologia é superior ao que pretende gastar ou que pode pedir de empréstimo. Nestas situações tem as seguintes opções:

  • procura imóveis noutras zonas, como arredores da zona que pretende (mudando assim um dos seus principais requisitos);
  • Adquire um imóvel que precisa de obras (traçando um plano financeiro para o valor que necessita para obras);
  • Reúne todas as condições para a pré-aprovação do seu crédito habitação, acompanha o mercado e espera por um "bom negócio");
  • Ou tenta melhorar as suas finanças para aumentar o valor que o banco pode financiar, de forma a comprar um imóvel na zona pretendida.

 

No fundo, temos uma preocupação acrescida na análise do mercado, vai permitir-lhe perceber os valores praticados atualmente, se este é o momento certo para comprar casa e que ajustes poderá ter de fazer para conseguir alcançar o seu objetivo.

 

 

4. Prestação máxima e taxa de esforço

Antes de comprar casa, existem dois dados que deve ter em atenção. O primeiro é o valor máximo que pode suportar com a sua prestação do crédito habitação. O segundo é a sua taxa de esforço. E caso não saiba o que é a taxa de esforço esta é a relação entre as prestações financeiras que um agregado familiar possuí face aos seus rendimentos mensais.

 

Caso nunca tenha calculado a sua taxa de esforço, deixamos aqui um exemplo prático para perceber melhor estes cálculos.

 

Vamos supor que o seu agregado familiar é composto por duas pessoas. Em conjunto, o rendimento mensal é de 2.000 euros e não possuem nenhum crédito. De forma a taxa de esforço não ultrapassar os 30%, a sua prestação mensal de crédito habitação não deve ultrapassar os 600,00 euros.

 

Isto significa que quando apurar a sua taxa de esforço, também ficará a conhecer a prestação máxima que poderá suportar. No entanto, faça contas Às suas despesas fixas e variáveis, de forma a garantir que esse valor é realmente o ideal para si.

 

 

5. Custos que envolvem a compra de uma casa

Muitas pessoas que ponderam comprar casa desconhecem as várias despesas que têm de suportar. A verdade é que além do valor da prestação mensal do crédito habitação, incluindo o valor do seguro de vida e do seguro multirriscos, existem outros custos significativos.

Por exemplo, antes de comprar casa terá despesas relacionadas com o processo do seu crédito habitação. Nestas despesas estão contempladas as comissões de abertura do processo, avaliação e formalização. E estas despesas somadas com o ato da escritura podem superar os 2.000 euros.

 

Além destes montantes, não se pode esquecer que a compra de uma casa tem impostos associados. Embora o imposto mais conhecido seja o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de imóveis, IMT, também terá que pagar o Imposto de Selo sobre a compra e o Imposto de Selo sobre o Crédito Habitação.

 

O imposto de selo sobre a compra tem uma taxa aplicável de 0,8%. Na compra de imóvel de 100 mil euros, o imposto de selo a pagar é de 800 euros, quanto aos imposto de solo relativo ao crédito habitação, a taxa para um crédito superior a 5 anos é de 0,6%%

 

Já o IMT, varia de acordo com o valor de aquisição ou do valor patrimonial tributário (sendo considerado o valor mais elevado), e a taxa a aplicar está entre 1% e 8%, consoante a localização do imóvel e a sua finalidade.

 

Dito isto, é fundamental que faça contas a todas estas despesas, de forma a perceber se este é um omento certo para comprar casa tendo em consideração todos estes gastos.

 

 

6. Pré-aprovação do crédito bancário

Um dos erros mais comuns de quem vai comprar casa pela primeira vez, é encontrar um imóvel e posteriormente dirigir-se ao banco para pedir um crédito habitação. No entanto, este procedimento pode não ser o mais correto. Afinal, se precisa de um crédito habitação para comprar a sua casa, um dos primeiros passos a dar é perceber se é elegível para este crédito.

 

Ao dirigir-se a um banco e pedir a pré-aprovação de um crédito habitação, vai ficar com uma ideia mais concreta de alguns pontos essenciais que referimos. Desde o valor máximo de financiamento, ao limite de aquisição, a sua taxa de esforço e, claro, se tem condições financeiras para o seu crédito ser aprovado.

 

Outra coisa que ter em consideração é que deve procurar propostas para além do seu banco habitual. Afinal, se está à procura das melhores condições de financiamento, deve dirigir-se a várias entidades, desta forma conseguirá comparar várias propostas  e escolher a opção mais vantajosa para si. Pode ainda procurar ajuda junto de um intermediário de crédito, que faz este trabalho por si.

 

Caso não consiga a pré-aprovação do seu crédito, claramente não é o momento certo para comprar casa. No entanto, não baixe os braços. Tudo o que precisa fazer são pequenos ajustes financeiros ou criar uma nova estratégia para atingir esse objetivo.

 

Por exemplo, a solução pode estar na procura de uma casa de um valor mais baixo, na redução da sua taxa de esforço, na melhoria das suas condições de trabalho ou no aumento dos seus rendimentos. Tudo isto poderá ser feito, desde que trace um plano e o siga à risca.

 

 

7. Aumento de despesas atualmente

Por último, mas não menos importante, deve questionar-se se pode suportar um aumento de despesas. Comprar uma casa envolve diversas despesas relacionadas com crédito habitação, impostos e seguros. E as despesas não terminam por aqui.

 

Após ter adquirido a sua casa, além da prestação mensal do crédito e os seguros associados, poderá ter de pagar o condomínio e o IMI - Imposto Municipal sobre imóveis, caso não tenha isenção.

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